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ISLAMABAD, 10 Abr (Reuters) - Eleições provinciais antecipadas não são do interesse nacional do Paquistão, dada a turbulência econômica e a situação de segurança, disse o ministro das Finanças do país nesta segunda-feira, desafiando uma ordem da Suprema Corte do país.
Seus comentários aumentam o risco de impasse constitucional para agravar a turbulência política e econômica do país.
Em uma vitória do ex-primeiro-ministro Imran Khan, o tribunal determinou na semana passada as eleições , que foram rejeitadas pelo parlamento.
O tribunal estabeleceu a segunda-feira como o prazo para o governo emitir fundos - 21 bilhões de rúpias paquistanesas (US$ 73,4 milhões) - para a Comissão Eleitoral do Paquistão (ECP) e disse à ECP para apresentar um relatório na terça-feira.
O ministro das Finanças, Ishaq Dar, apresentou na segunda-feira um projeto de lei financeiro para buscar uma votação sobre a aprovação do financiamento eleitoral. Não estava claro quando a votação aconteceria.
"As condições econômicas, de segurança e internas do país exigem que as eleições antecipadas não sejam do interesse nacional", disse ele em um discurso televisionado ao parlamento.
Sugeriu a realização conjunta das eleições em todas as províncias e sedes nacionais, dizendo que isso iria reduzir as despesas de logística e segurança, o que segundo o presidente da câmara foi posteriormente aprovado numa resolução do parlamento.
A Suprema Corte ordenou que eleições antecipadas na província mais populosa de Punjab fossem realizadas em 14 de maio e disse que uma data poderia ser acordada posteriormente para a província de Khyber Pakhtunkhwa, no noroeste, dependendo de algumas questões técnicas.
Khan havia ordenado a dissolução dos governos locais dirigidos por seu partido nas duas províncias para tentar forçar o governo a realizar eleições que só ocorreriam em outubro em todo o país.
Ele tem feito campanha em todo o Paquistão desde que foi deposto em um voto de desconfiança parlamentar em abril do ano passado.
As crises do país se agravaram enquanto isso.
Para tentar conter o ressurgimento dos ataques, o governo também anunciou no fim de semana uma ofensiva militar em todo o país contra militantes islâmicos.
O Paquistão também corre o risco de dar calote em sua dívida. Um resgate do Fundo Monetário Internacional está parado desde novembro, enquanto as reservas cambiais de seu banco central cobririam apenas quatro semanas de importações e a inflação excede 35%.
(US$ 1 = 286,2500 rúpias paquistanesas)
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